segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Apesar de algum verniz que a vida se incumbiu de derramar sobre mim, percebo os veios aparentes, salientes, que se manifestam naturalmente. Apesar dos estudos, apesar dos anos de trabalho forçado, não consigo domar esse peixe burro e obstinado sempre atrás da isca. Não consigo, mesmo quando faço o que gosto, domar, dirigir meu fazer: é quando sai, é como sai e pronto.
O remédio é guardar para amanhã os retoques e/ou acréscimos. Serão necessários ou é o hábito envernizado?
A vida não pode ser revisada. Logo, minha vida é um eterno rascunho.

5 comentários:

Anônimo disse...

Minha amiga, sua vida é rascunho, mas você é arte-final.

bj

Moniz Fiappo disse...

Este é o melhor elogio do ano.
Obrigada Cho.

Bípede Falante disse...

Mas você é mesmo uma danada de uma Ivonete, que faz das suas ventanias as suas vitórias :)
beijo.

Lucia Alfaya disse...

Iaiá, acho que esse peixe é um belo de um tubarão! Tubarão é peixe?

Edu O. disse...

E que vida é produto final?