Às vezes sóbria, às vezes delirante
Às vezes doce, às vezes áspera
Às vezes forte, às vezes frágil
Às vezes discreta, às vezes extravagante
Às vezes alegre, às vezes triste
Às vezes pudica, às vezes uma vadia
Às vezes um touro, às vezes uma borboleta.
Era uma mulher danada!
Transitava de um extremo a outro sem o menor aviso e sem surpresa. Estava acostumada.
Quando lhe perguntavam o motivo de tanta instabilidade gargalhava e dava qualquer resposta.
A melhor que ouví foi: "É o diabo que mastiga meu juízo enquanto Deus se distrai."
Foto I.Moniz Pacheco
Estação das Docas-Belém do Pará 2006
2 comentários:
Minha cumade... é simplesmente formidável seu poema de hoje. Eu me vejo nesta figura e quero adquirir a frase: "É o diabo que mastiga meu juízo enquanto Deus se distrai."
LINDO LINDO LINDO
Acho que estamos todos às voltas com essa diabólica mastigação! (Bela imagem!)
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