
O verão queima nas veias. É como se a vida estivesse em camera lenta e de repente alguém apertasse o play. Saem as caras carrancudas, entra o riso aberto. Sai o silencio, entra a algazarra. Saem os casacos e sombrinhas, entram as seminuas bronzeadas. Saem os galhos secos, chegam as folhas, as flores, os frutos. As mangas, pitangas, cajás, umbús, sapotís...
Mas hoje, especialmente hoje, apesar de tudo isso, tenho a sensação de que todos da minha casa, da rua, do bairro, da cidade, do estado, do país, do mundo, todos, todos viajaram. E eu fiquei só.
Foto I.Moniz Pacheco
Um comentário:
Ai minha tia, como eu queria esse dia de férias coletivas e eu ficasse um bocadinho só! Acho que não é desse gosto bom de estar só que vc fala, mas diante deste verão que vc nos alertou, seria bom uma curtição solitária por algum tempo.
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